terça-feira, 26 de junho de 2012

A Lâmpada e o Gênio

Um homem certa vez encontrou uma lâmpada mágica enquanto caminhava pelo deserto. Ao esfregá-la, de seu interior saiu um gênio.

- Três desejos a ti concederei, meu amo - disse o gênio.
- Pois bem, gênio, eu quero ser uma pessoa amada! - desejou o homem.
- Seu desejo é uma ordem! - respondeu o gênio.
- Eu também quero que me vejam como alguém belo! - desejou novamente o homem e o gênio concordou.
No momento em que o homem estava para fazer seu último desejo, ele disse:
- Espere, gênio, eu já fiz dois pedidos, porém, não notei diferença alguma! Desejei ser amado, desejei ser belo!
- Sim, meu amo, seus desejos foram realizados. Fiz com que quem realmente precisa amar-te e achar-te belo o veja com outros olhos. - disse o gênio.
- Não brinque comigo, seu gênio maluco! Traga-me aqui, então, todas as pessoas que você fez me ver com outros olhos! - desejou o homem, furioso.
Ao terminar seu desejo, uma grande névoa cobriu seus olhos e ao se dissipar mostrou-lhe o que ele jamais esperava:
Em sua frente havia um reflexo dele mesmo.
- O maior erro dos humanos é desejar que os outros os vejam como eles próprios não se vêem. Como quer que aos outros você seja belo e amável se não é assim para si mesmo? - questionou o gênio. - Seus desejos foram realizados e agora devo voltar ao meu descanso - e assim foram as últimas palavras do gênio antes de desaparecer na areia do deserto.

Anos se passaram e o homem então compreendeu as palavras do gênio e percebeu que nenhum desejo podia ter sido tão sábio quanto o amor próprio. Isto sim é o que falta no coração dos homens.

Não implore aos outros para que te achem inteligente, belo, extrovertido, corajoso, maluco, especial. Aprenda a conviver com suas qualidades e defeitos e, acima de tudo, aprenda a amar você antes de querer que te amem. O amor próprio é o maior e mais verdadeiro amor que você pode receber.

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