quinta-feira, 28 de junho de 2012

Chuva II

Na noite fria da cidade vazia
Luzes brilham em um carnaval artificial
Criadas por um consumo incontrolável
Que pouco a pouco nos leva ao pó

De nuvens envenenadas desce o ácido
Molhando o chão petrolífero
E corroendo muralhas de metal
Fecho meu guarda-chuva e deixo-me molhar
Para camuflar as lágrimas que me escorrem

Gota a gota o copo faz encher
Deixando transbordar um turbilhão de sensações inexplicáveis
Já não me importa mais se faz sol ou chuva
Já não me importa se há abrigo para a tempestade

O barco à deriva do mar
Não faz esforço ao dragar do oceano
Um caos ambiental e mental
Que faz o homem esquecer a razão
E aprisionar-se à solidão

Enquanto a chuva continuar a molhar o rosto
Lágrimas de tristeza continuarão a fluir


Nenhum comentário:

Postar um comentário